Medos e fobias


  O medo é uma das emoções básicas do ser humano que nos alerta contra os perigos. O medo contribuiu para a sobrevivência da espécie humana.

             Em caso de situação ou objeto percebidos como uma ameaça, o medo é uma emoção que funciona como sinal de alarme ativando o organismo à reação de ataque ou de fuga

É possível falar de medo quando provoca reações apropriadas de frente a um estímulo perigoso. Este mecanismo nos permite reagir com rapidez, em modo de garantir a sobrevivência. Um exemplo: fazer uma trilha no meio da natureza e perceber o farfalhar de um arbusto e de repente, ver sair um animal; a reação de medo será espontânea e automática.

O medo nos salva! É uma reação primária de alarme e de defesa de frente às situações percebidas pela nossa mente como ameaçadoras e permite enfrentar essas da melhor forma possível.

              Os medos mudam com a idade. Na infância são presentes medos de tipos irracionais, como monstros, fantasmas, animais. Durante o crescimento, as ansiedades (uma evolução do medo, marcada pelo aumento das nossas capacidades cognitivas de imaginação e de antecipação) tornam-se mais complexas e articuladas, interessando também a esfera social e relacional, como exemplos: o medo de parecer inadequado ou de falar em público.

            O medo e a ansiedade são comuns em todos os indivíduos, o ser humano não poderia sobreviver sem a emoção primária do medo, pois, com muita probabilidade, estaria constantemente se expondo a riscos e perigos sem a devida proteção.

             As reações corpóreas do medo podem incluir: boca seca, aumento da frequência cardíaca e respiratória, tensão muscular e aumento da sudoração. Algumas vezes, porém, as reações superam alguns limites e inicia a bloquear e impedir as normais atividades da vida quotidiana.

             A fobia é um medo intenso, exagerado e irracional de uma situação ou um objeto específico. A reação a estes é desproporcional em relação ao perigo real e ao contexto sociocultural. A pessoa que sofre de fobia há necessidade de evitar ativamente a situação ou objeto fóbico até mesmo quando afeta em modo significativo o funcionamento social, acadêmico ou profissional.

              No caso de medo intenso, a tensão muscular transforma-se em mal-estar que permeia todo o corpo: dor de cabeça, dores no peito, sintomas gastrointestinais, fraqueza nas pernas. De frente ao estímulo fóbico, ou somente ao pensamento de dever enfrentá-lo, a pessoa vive um estado de profunda inquietação, caracterizada por um intenso medo/terror que se torna absolutamente impossibilitada de enfrentar a situação.

              A fobia é uma condição mental patológica, que pode ser tratada. As fobias são persistentes, desproporcionadas e irracionais, respeito aos medos comuns. A reação emotiva é mais intensa e a aproximação ao objeto/situação causa significativo mal-estar. Geralmente são classificas em Fobia Específica e Fobia Social.


             Se o medo começa a limitar ou bloquear a normalidade da vida, é necessário intervir para evitar o risco de expandir e transformar a apreensão em limitação fóbica, minando pesadamente a sensação de segurança e autonomia pessoal, impedindo uma vida livre e plena.

 

            A ajuda de um psicoterapeuta pode ser útil para compreender melhor si mesmo e as próprias emoções, aprendendo a utilizar os recursos que podem consentir uma abordagem diferente às situações ansiosas e/ou fóbicas.

            Reconhecer a origem das preocupações exageradas e desenvolver novas formas de gerir a ansiedade em diferentes situações e no seu mundo emocional, é de grande benefício. Ocorre que, gradualmente, o sujeito seja levado a explorar os pensamentos e/ou imagens previamente inconscientes, para depois integrá-los (em modo funcional), estimulando modalidades alternativas para resolver os problemas e dificuldades utilizando os aprendizados adquiridos e aqueles que poderá desenvolver enquanto continua a progredir.

             Para concluir, sabemos que a tarefa principal da psicoterapia é fazer acrescer no paciente a consciência, o respeito de si e, mudar o seu comportamento em um mais adapto e satisfatório. Sobre isto, algumas abordagens terapêuticas podem haver um papel de grande eficiência e eficácia.

 


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